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CONTRA A PRECARIZAÇÃO, NÃO AO ENSINO REMOTO! MAIS ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!
DAPSI U.
começou essa petição para
Governo Bolsonaro, Ministro Weintraub, MEC, ANDIFES e reitorias de universidades públicas.
CONTRA A PRECARIZAÇÃO, NÃO AO ENSINO REMOTO! MAIS ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL!
Quarentena geral já!
Nós, estudantes, entidades e organizações abaixo-assinados, enxergamos a tentativa de implementação do ensino remoto e o EAD nas universidades como parte de uma falsa alternativa da política nacional do Governo Bolsonaro para a retomada das aulas no cenário caótico da pandemia. Infelizmente, algumas reitorias estão apoiando essa medida.
Querem que voltemos às atividades como se tudo estivesse normal, ignorando todo o desdobramento social da situação que estamos atravessando, no qual o número de casos e mortes não para de subir e os sistemas de saúde e funerário entram em colapso. O que debilita ainda mais a saúde física e mental dos estudantes, técnicos, terceirizados e professores.
Entendemos e compartilhamos da preocupação de muitos estudantes com o calendário, o atraso na formação e os problemas que o coronavírus trará para as universidades, mas não acreditamos que a solução seja implementar a modalidade não presencial para as e os estudantes nesse momento. Principalmente, porque desde o início Bolsonaro está defendendo uma política negacionista e genocida contra o isolamento. Até os prefeitos e governadores, que em algum momento aplicaram isolamentos parciais, começam a flexibilizar as medidas no momento em que nos aproximamos do pico do contágio. É preciso lutar por uma quarentena geral, com renda e salário para todos!
O EAD aprofunda a desigualdade e a exclusão!
Concretamente, acreditamos que não seja possível implementar essa modalidade de forma justa, igualitária e acessível. Ao contrário, a implementação torna as universidades ainda mais excludentes e mais inacessíveis para estudantes pobres. De acordo com a V Pesquisa Nacional do Perfil Socioeconômico e Cultural dos graduandos das IFES (Institutos e Faculdades Federais) de 2018, 27,4% dos estudantes cobertos pela assistência estudantil relatam dificuldade financeira como fator para abandonar a faculdade e 52,8% dos discentes já pensaram em abandonar o curso/faculdade. Entre os motivos os mais comuns para a evasão estão dificuldade financeira (32,8%), dificuldade de conciliar trabalho e estudo (23,6%) e problemas de saúde (21,2%).
Além das questões socioeconômicas, o modelo desconsidera as condições de acesso tecnológico e de ambiente doméstico propício para o estudo, automaticamente excluindo estes estudantes das aulas. Revela também sua natureza excludente ao não garantir um modelo de educação acessível para estudantes com deficiência.
Alguns setores estão defendendo a implementação, acreditando que seja apenas para esse momento de pandemia, mas além de não considerarmos a adoção da modalidade uma alternativa, por todos os problemas que mencionamos aqui, acreditamos que o governo Bolsonaro fará tudo que puder para dar continuidade e para ampliar essa implementação, já que sua preocupação não é com nossa formação, com a inclusão de todas/os as/os estudantes ou com a qualidade e gratuidade da universidade pública. Tanto é que o Weintraub pressiona a implementação do Ensino Remoto ameaçando novos cortes de verba.
Necessitamos de assistência estudantil para garantir quarentena geral! A prioridade é a vida!
Na UFF, por exemplo, mais da metade dos estudantes são provenientes de ações afirmativas e se mantém na universidade a partir de bolsas e auxílios ou da venda de produtos nas banquinhas espalhadas pelos campi, o que é inviável durante esse momento de pandemia. Com a sequência de cortes do governo federal e estadual nas bolsas e auxílios e com a dificuldade imposta pelo governo para acesso ao Auxílio Emergencial, muitos estudantes encontram-se desassistidos durante um período de grave crise sanitária e econômica.
A prioridade das reitorias deve ser garantir que os estudantes mais pobres, os que mais possuem dificuldades em acessar e permanecer no ensino superior, sejam realmente considerados; para isso, os nossos esforços e recursos devem estar voltados em garantir políticas de assistência estudantil:
1) que não se corte as bolsas atuais, independentemente do tempo que fiquemos sem aulas;
2) que os estagiários não sejam demitidos;
3) Ampliação da política de assistência estudantil, com a criação de auxílios emergenciais para esse momento;
4) Que se mude a regra de acesso à bolsa emergencial, permitindo que alunos que já tenham recebido em outro momento, possam ter direito a ela novamente durante a pandemia.
Esse é a única forma de garantir que os estudantes possam ficar em casa em uma quarentena sem fome!
Em defesa do tripé ensino, pesquisa e extensão!
O EAD rompe com o projeto de educação que nós defendemos e não garante o tripé de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo apenas um ensino bastante precarizado, a partir do momento em que apenas o ensino é priorizado, a pesquisa fica aquém da necessidade social e a extensão é novamente esquecida, impossibilitando a universidade de dialogar diretamente com a sociedade. A extensão precisa ser uma via de mão dupla na troca de conhecimento entre universidade e a sociedade, realizada de maneira popular e é através do reconhecimento do importante papel da extensão que hoje a universidade pode ampliar seus esforços de combate ao COVID-19, com a fabricação de EPIs e respiradores.
Com a proposta atual do Ensino Remoto, o MEC busca aprofundar as desigualdades por nem mesmo oferecer uma plataforma aos estudantes, deixando universidades ao acaso e com a tarefa de encontrar magicamente, de um dia pro outro, um novo modelo de ensino, indo para além do sucateamento habitual do EAD e deixando-o ainda mais gritante.
Apesar dos profundos cortes na educação nos últimos anos, principalmente devido a EC 95, que congelou o investimento pra educação sem realizar o reajuste adequado das verbas, as universidades têm se colocado na linha de frente para lutar contra as propostas ultraliberais de Paulo Guedes. Os cortes na CAPES e na CNPQ antes e durante a pandemia foram inclusive um ataque direto a estas instituições que vem, através da pesquisa científica de qualidade e da mobilização e organização dos estudantes, rejeitando categoricamente as medidas que vêm sendo apresentadas pelo governo federal, que pretende aprofundar a elitização do ensino.
Hoje, as universidade têm demonstrado um papel fundamental no combate ao COVID-19, através das pesquisas, como a que resultou no sequenciamento do vírus, na produção de álcool em gel, testes, máscaras, faceshields e respiradores para a rede pública de saúde.
Defender a educação pública!
Se o objetivo de algumas reitorias é evitar a evasão das/dos discentes, a solução é uma política concreta de assistência estudantil e não a implementação de uma modalidade de ensino que abre um grande espaço para a precarização. Ainda que o modelo se apresente apenas como uma medida emergencial e temporária, não podemos perder de vista o projeto de ataque à Ciência e Educação defendido por Bolsonaro e Weintraub, tanto que encaminharam essa semana ao Congresso o Projeto “Future-se” que objetiva a privatização das universidades .
Nesse sentido, não podemos confiar nem um milímetro que essa modalidade emergencial não servirá de pavimento para a real aplicação do ensino à distância na educação pública. As reitorias precisam ser parte da luta contra o governo Bolsonaro, exigindo também mais verbas para educação e para a assistência estudantil. Afinal, existe dinheiro no país. Precisamos de um plano econômico alternativo, que os ricos paguem a conta da crise! Precisamos lutar, como tem feito as trabalhadoras e trabalhadores da saúde que exigem EPIs e condições de trabalho! Não ao EAD/Ensino Remoto, o sonho de milhares de jovens de permanecer no ensino superior não pode ser interrompido (nem precarizado)! Em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva!
Campanha Contra a precarização, não ao Ensino Remoto! Mais Assistência estudantil!
São parte da construção da e desse abaixo assinado as entidades e organizações listadas abaixo, convocamos também que se somem a essa luta conosco!
Entidades e Organizações Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
UFF
Entidades e organizações Minas Gerais
UFMG
UFU
Entidades e organizações do Pará
UNIFESSPA
São Paulo
UNICAMP
Rio Grande do Sul
UFSM
Entidades e organizações Nacionais
Quarentena geral já!
Nós, estudantes, entidades e organizações abaixo-assinados, enxergamos a tentativa de implementação do ensino remoto e o EAD nas universidades como parte de uma falsa alternativa da política nacional do Governo Bolsonaro para a retomada das aulas no cenário caótico da pandemia. Infelizmente, algumas reitorias estão apoiando essa medida.
Querem que voltemos às atividades como se tudo estivesse normal, ignorando todo o desdobramento social da situação que estamos atravessando, no qual o número de casos e mortes não para de subir e os sistemas de saúde e funerário entram em colapso. O que debilita ainda mais a saúde física e mental dos estudantes, técnicos, terceirizados e professores.
Entendemos e compartilhamos da preocupação de muitos estudantes com o calendário, o atraso na formação e os problemas que o coronavírus trará para as universidades, mas não acreditamos que a solução seja implementar a modalidade não presencial para as e os estudantes nesse momento. Principalmente, porque desde o início Bolsonaro está defendendo uma política negacionista e genocida contra o isolamento. Até os prefeitos e governadores, que em algum momento aplicaram isolamentos parciais, começam a flexibilizar as medidas no momento em que nos aproximamos do pico do contágio. É preciso lutar por uma quarentena geral, com renda e salário para todos!
O EAD aprofunda a desigualdade e a exclusão!
Concretamente, acreditamos que não seja possível implementar essa modalidade de forma justa, igualitária e acessível. Ao contrário, a implementação torna as universidades ainda mais excludentes e mais inacessíveis para estudantes pobres. De acordo com a V Pesquisa Nacional do Perfil Socioeconômico e Cultural dos graduandos das IFES (Institutos e Faculdades Federais) de 2018, 27,4% dos estudantes cobertos pela assistência estudantil relatam dificuldade financeira como fator para abandonar a faculdade e 52,8% dos discentes já pensaram em abandonar o curso/faculdade. Entre os motivos os mais comuns para a evasão estão dificuldade financeira (32,8%), dificuldade de conciliar trabalho e estudo (23,6%) e problemas de saúde (21,2%).
Além das questões socioeconômicas, o modelo desconsidera as condições de acesso tecnológico e de ambiente doméstico propício para o estudo, automaticamente excluindo estes estudantes das aulas. Revela também sua natureza excludente ao não garantir um modelo de educação acessível para estudantes com deficiência.
Alguns setores estão defendendo a implementação, acreditando que seja apenas para esse momento de pandemia, mas além de não considerarmos a adoção da modalidade uma alternativa, por todos os problemas que mencionamos aqui, acreditamos que o governo Bolsonaro fará tudo que puder para dar continuidade e para ampliar essa implementação, já que sua preocupação não é com nossa formação, com a inclusão de todas/os as/os estudantes ou com a qualidade e gratuidade da universidade pública. Tanto é que o Weintraub pressiona a implementação do Ensino Remoto ameaçando novos cortes de verba.
Necessitamos de assistência estudantil para garantir quarentena geral! A prioridade é a vida!
Na UFF, por exemplo, mais da metade dos estudantes são provenientes de ações afirmativas e se mantém na universidade a partir de bolsas e auxílios ou da venda de produtos nas banquinhas espalhadas pelos campi, o que é inviável durante esse momento de pandemia. Com a sequência de cortes do governo federal e estadual nas bolsas e auxílios e com a dificuldade imposta pelo governo para acesso ao Auxílio Emergencial, muitos estudantes encontram-se desassistidos durante um período de grave crise sanitária e econômica.
A prioridade das reitorias deve ser garantir que os estudantes mais pobres, os que mais possuem dificuldades em acessar e permanecer no ensino superior, sejam realmente considerados; para isso, os nossos esforços e recursos devem estar voltados em garantir políticas de assistência estudantil:
1) que não se corte as bolsas atuais, independentemente do tempo que fiquemos sem aulas;
2) que os estagiários não sejam demitidos;
3) Ampliação da política de assistência estudantil, com a criação de auxílios emergenciais para esse momento;
4) Que se mude a regra de acesso à bolsa emergencial, permitindo que alunos que já tenham recebido em outro momento, possam ter direito a ela novamente durante a pandemia.
Esse é a única forma de garantir que os estudantes possam ficar em casa em uma quarentena sem fome!
Em defesa do tripé ensino, pesquisa e extensão!
O EAD rompe com o projeto de educação que nós defendemos e não garante o tripé de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo apenas um ensino bastante precarizado, a partir do momento em que apenas o ensino é priorizado, a pesquisa fica aquém da necessidade social e a extensão é novamente esquecida, impossibilitando a universidade de dialogar diretamente com a sociedade. A extensão precisa ser uma via de mão dupla na troca de conhecimento entre universidade e a sociedade, realizada de maneira popular e é através do reconhecimento do importante papel da extensão que hoje a universidade pode ampliar seus esforços de combate ao COVID-19, com a fabricação de EPIs e respiradores.
Com a proposta atual do Ensino Remoto, o MEC busca aprofundar as desigualdades por nem mesmo oferecer uma plataforma aos estudantes, deixando universidades ao acaso e com a tarefa de encontrar magicamente, de um dia pro outro, um novo modelo de ensino, indo para além do sucateamento habitual do EAD e deixando-o ainda mais gritante.
Apesar dos profundos cortes na educação nos últimos anos, principalmente devido a EC 95, que congelou o investimento pra educação sem realizar o reajuste adequado das verbas, as universidades têm se colocado na linha de frente para lutar contra as propostas ultraliberais de Paulo Guedes. Os cortes na CAPES e na CNPQ antes e durante a pandemia foram inclusive um ataque direto a estas instituições que vem, através da pesquisa científica de qualidade e da mobilização e organização dos estudantes, rejeitando categoricamente as medidas que vêm sendo apresentadas pelo governo federal, que pretende aprofundar a elitização do ensino.
Hoje, as universidade têm demonstrado um papel fundamental no combate ao COVID-19, através das pesquisas, como a que resultou no sequenciamento do vírus, na produção de álcool em gel, testes, máscaras, faceshields e respiradores para a rede pública de saúde.
Defender a educação pública!
Se o objetivo de algumas reitorias é evitar a evasão das/dos discentes, a solução é uma política concreta de assistência estudantil e não a implementação de uma modalidade de ensino que abre um grande espaço para a precarização. Ainda que o modelo se apresente apenas como uma medida emergencial e temporária, não podemos perder de vista o projeto de ataque à Ciência e Educação defendido por Bolsonaro e Weintraub, tanto que encaminharam essa semana ao Congresso o Projeto “Future-se” que objetiva a privatização das universidades .
Nesse sentido, não podemos confiar nem um milímetro que essa modalidade emergencial não servirá de pavimento para a real aplicação do ensino à distância na educação pública. As reitorias precisam ser parte da luta contra o governo Bolsonaro, exigindo também mais verbas para educação e para a assistência estudantil. Afinal, existe dinheiro no país. Precisamos de um plano econômico alternativo, que os ricos paguem a conta da crise! Precisamos lutar, como tem feito as trabalhadoras e trabalhadores da saúde que exigem EPIs e condições de trabalho! Não ao EAD/Ensino Remoto, o sonho de milhares de jovens de permanecer no ensino superior não pode ser interrompido (nem precarizado)! Em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e inclusiva!
Campanha Contra a precarização, não ao Ensino Remoto! Mais Assistência estudantil!
São parte da construção da e desse abaixo assinado as entidades e organizações listadas abaixo, convocamos também que se somem a essa luta conosco!
Entidades e Organizações Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
UFF
- DAPSI, Psicologia - UFF/Niterói
- CAPTA, Psicologia - UFF/Volta Redonda
- CAPSI, Psicologia - UFF/Rio das Ostras
- CAAP, Administração Pública - UFF/Volta Redonda
- NECINE, Cinema e Audiovisual - UFF/Niterói
- DAMK, Serviço Social - UFF/Niterói
- DALA, Biologia - UFF/Niterói
- DAJuP, Biomedicina - UFF/Niterói
- DACL, Química (bacharelado e licenciatura), Física e Matemática Computacional - UFF/Volta Redonda
- DASAN, Sociologia, UFF/Niterói
- CAFIL, Filosofia, UFF/Niterói
- CALUFF, Letras, UFF/Niterói
-
Coletivo Negro Classista - Serviço Social UFF de Niterói
- UJC - Fração UFF
- Movimento por uma Universidade Popular - MUP
- COMUNA
-
Resistência Popular Estudantil - RJ
- Afronte! UFF
Entidades e organizações Minas Gerais
UFMG
- Centro Acadêmico Willian Rosa, Geociências
UFU
- Centro Acadêmico de História CAHIS - UFU
Entidades e organizações do Pará
UNIFESSPA
- DCE JR - UNIFESSPA
-
Centro Acadêmico de Meteorologia (CAMET) - UFPA Belém
- Centro Acadêmico de Matemática (CAMAT) - UFPA Breves
-
Centro Acadêmico de Desenvolvimento Rural (CADER) - UFPA Belém
-
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal (CAEF) - UFRA Belém
-
Centro Acadêmico de Engenharia Elétrica e Biomédica (CAEEB) - UFPA Belém
- Centro Acadêmico de Ciências Sociais - Hecilda Veiga (CACS) - UFPA Belém
São Paulo
UNICAMP
- CACO - Centro Acadêmico de Computação
Rio Grande do Sul
UFSM
- DAQUIPALM - Diretório Acadêmico de História Quilombo dos Palmares
Entidades e organizações Nacionais
- Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal (ABEEF) - Brasil
- Juventude Vamos à Luta
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