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Petição contra a Demolição do Complexo Laboratorial do Maracanâ - Lanagro

Petição contra a Demolição do Complexo Laboratorial do Maracanâ - Lanagro

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Esta petição foi criada por Douglas C. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Douglas C.
começou essa petição para
Sergio Cabral Filho, Governador do Estado do Rio de Janeiro, Bernardo Ramos Ariston. Superintendente do Ministério da Agricultura, Jorge Alberto Portanova Mendes Ribeiro Filho, Ministro da Agricultura
Sou Douglas Carrara, antropólogo indigenista e venho acompanhando indignado o processo de demolição e desmanche dos Laboratórios do Lanagro, no Maracanã na cidade do Rio de Janeiro apenas para construir um estacionamento e um shopping e atender os turistas e torcedores da Copa do Mundo de 2014. Com a demolição e o desmache, todos os moradores aqui do Rio do Janeiro estão ameaçados de perder o serviço de inspeção federal de bebidas e alimentos em geral!
O Complexo Laboratorial do Maracanã (Lanagro) (14.300 m2) pertence ao Ministério da Agricultura e existe desde 1938, no mesmo local, e todo os importantíssimos equipamentos de análise, de alto custo financeiro, importados e adquiridos com dinheiro público e a mão de obra especializada de veterinários, engenheiros químicos, agrônomos, microbiologistas, zootecnistas, ficaria sem destino, o que, com certeza, vai gerar no mínimo um ou dois anos ou talvez mais para que o Rio de Janeiro volte a fiscalizar através de análises laboratoriais, toda a produção industrial de alimentos, grãos, bebidas, carnes, laticínios e derivados. Trata-se, portanto, de um laboratório de referência nacional. Algumas análises somente podem ser realizadas no local, porque não existem nos outros estados brasileiros equipamentos similares, e o que é pior, adquiridos com verba pública. Recentemente pesquisas desenvolvidas pelo laboratório federal Lanagro de Pedro Leopoldo (MG), demonstrou que 80% do café brasileiro está contaminado por aflatoxinas, uma substãncia altamente tóxica, cancerígena, produzida por um fungo, em função de falhas no processo de produção do grão de café. .
Além disso, no Jornal do Brasil de 30/10/2012, foi publicada uma denúncia de que uma pesquisa feita pela Unifesp de São Paulo demonstrou que bebidas alcoólicas clandestinas, como cachaça, uisque falsificado e licores artesanais apontam a presença de substâncias tóxicas como cobre, metanol e carbamato de etila. As contaminações são tão altas que, em algumas amostras, era possível perceber a olho nu, que a bebida estava falsificada e contaminada. O metanol, se ingerido, pode causar cegueira e até levar à morte.
Portanto o fechamento do laboratório Lanagro do Rio de Janeiro, pode diminuir drasticamente a inspeção sanitária federal e prejudicar a ação dos fiscais federal agropecuários, além de sobrecarregar os demais laboratórios da Lanagro ainda existentes em outros Estados brasileiros.
Trata-se portanto de uma medida, que consideramos criminosa, e que está sendo promovida pelo novo Superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA-RJ), Deputado Federal Bernardo Ramos Ariston (PMDB), recentemente nomeado.
No dia 9 de novembro de 2012, o Sr. Ícaro Moreno Junior da EMOP (Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro enviou um oficio ao Superintendente Federal Bernardo Ramos Ariston do Ministério da Agricultura solicitando a desocupação da área dos laboratórios do Lanagro em 7 dias. O Sr. Icaro alega que o imóvel foi vendido ao Governo do Estado (29/10/2012), e portanto exige a desocupação do prédio. Se a população do Estado do Rio de Janeiro souber do que está acontecendo provavelmente vai tentar impedir, com certeza, que tal descalabro aconteça. Como a maior parte dos equipamentos são importados, avaliamos que apenas em termos de equipamentos de análise químicas e microbiológicas, deve perfazer o total de 2 bilhões de reais, todo o conjunto dos equipamentos. Os 40 funcionários do Lanagro do Maracanã, técnicos de diferentes áreas, estão em pânico, sem saber para onde recorrer.
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