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Justiça e Paz na Comunidade Vergel, Codó – Maranhão

Justiça e Paz na Comunidade Vergel, Codó – Maranhão

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Esta petição foi criada por Josef W. e pode não representar a visão da comunidade da Avaaz.
Josef W.
começou essa petição para
Foro de Justiça e Delegacia da Polícia Civil da Cidade de Codó – Maranhão, Governo do Estado do Maranhão, Governo Federal do Brasil, Organizações nacionais e internacionais na defesa dos direitos humanos
Por muito tempo na comunidade de Vergel existe um conflito sangrento pela disputa da terra. 2000 hectares de terra, a maior parte mata virgem com bastante madeira, é a razão das inúmeras violências. Quando morreu o proprietário Aristides no ano de 1950, ele deixou onze herdeiros, que continuavam viver e produzir como lavradores nas suas terras. Os problemas começaram quando alguns dos herdeiros venderam por um preço de banana a sua parte irregularmente, porque sem documentos e sem consentimentos dos outros, para ricos e poderosos. Estes, por sua vez, então tentaram apoderar-se da terra toda e expulsar os herdeiros da sua herança, na sua maioria analfabetos. Para alcançar os seus objetivos sujos, eles usaram todos os meios. Varias vezes mandaram queimar as roças, destruíram a produção, derrubaram casas de moradia e ameaçaram os moradores de morte. Houve desmatamentos, e caminhões cheios de madeira levaram a preciosa carga para a cidade, onde os novos “proprietários” a venderam. Três lavradores herdeiros foram covardemente assassinados por tiros pelas costas, porque se opuseram corajosamente às injustiças. Dois deles, Alfredo e Raimundo Chagas eram líderes da comunidade. Mais outras quatro tentativas de homicídio fracassaram, e as vítimas escaparam por pouco. Elas encararam os agressores, e ainda carregam o chumbo das balas das armas disparadas nos seus corpos. Até hoje nada foi investigado e esclarecido, os autores nunca julgados. Por medo, a maioria dos pobres lavradores fugiu de Vergel e começou a construir a sua existência mais segura em outro lugar. Poucas famílias ainda residem em Vergel. Um destes é o lavrador Antônio Izídio. Ele é ameaçado de morte. “Você é a próxima vítima”, dizem eles. No mês passado, em Abril, quatro das suas cabras voltaram para a casa dele com as orelhas cortadas. É um sinal claro que a vida de Senhor Antônio está em alto risco. No dia 11 de Janeiro de 2013, três dias antes de uma celebração religiosa pelas vítimas da violência em Vergel, os inimigos incendiaram a capela de Vergel, que queimou completamente, querendo impedir a celebração (veja a foto). Desde o ano de 1984 o processo do inventário está na justiça de Codó para repartir a terra entre os legítimos herdeiros, e lá está parado. Os assassínios aconteceram nos anos de 1996, 2007 e 2010, as tentativas de homicídios nos anos 2007 e seguintes. Mas esses processos não andam. O processo de homicídio de Raimundo Chagas ficou por dois anos empoeirado na delegacia da polícia civil de Codó. O processo de Alfredo sumiu da delegacia e ninguém sabe onde está. Ninguém mais dos herdeiros acredita na justiça. Os poderosos controlam a justiça e a polícia e impedem uma solução. A impunidade e a corrupção falam mais alto do que a justiça, a dignidade e os direitos humanos.
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