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Não ao aeroporto de São Roque - SP!
Gabriel B.
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Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
Nas colinas de Mairinque, São Paulo, ainda há muita vida silvestre de rara importância, especialmente, se considerarmos sua proximidade com a metrópole paulista.
Ali, entre chácaras e sítios, em um equilíbrio difícil de se ver, habitam ou utilizam daquele ambiente como corredor, a Onça-parda, o Lobo-guará, o Tamanduá-bandeira, o Veado-catingueiro, Pacas, Iraras, Quatis, Jaguatiricas, Gatos-do-mato-pequeno e a rara – e ameaçada de extinção - Cuíca-de-três-listras, entre outros mamíferos. Há Saíras, como a rara Saíra-sapucaia ou a Tesourinha-da-mata, o Tucano, vários tipos de Gaviões, o Jacuaçu, entre as, aproximadamente 350 espécies de aves existentes no local.
A preservação da flora e a abundância de recursos hídricos superficiais permite a existência dessa exuberante fauna.
Pois é justamente neste local que a empresa JHSF pretende – e vem tocando os procedimentos legais “a toque de caixa” – instalar um mega empreendimento, cuja parte que mais preocupa do ponto de vista dos impactos ambientais é um aeroporto executivo com pistas maiores (2.400m) do que as do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O local escolhido, do ponto de vista ambiental, é péssimo! Basta perguntar:
Como reagirão as espécies animais silvestres existentes aos intensos ruídos das turbinas, nas operações de pousos e decolagens previstas para ocorrerem ininterruptamente 24h por dia?
Que tipo de contaminação os resíduos gasosos - quase 500T anuais de óxidos de nitrogênio e mais 17T de óxidos de enxofre, entre outros gases, provenientes da queima de combustível irá provocar na vegetação e nos recursos hídricos?
Levou-se em conta, para a escolha do local, as questões logísticas (proximidade com a capital e vizinhança com a rodovia Castello Branco) e o fato da propriedade pertencer aos empreendedores. Os aspectos ambientais? Obviamente ficaram em outro plano de menor relevância.
Pior! Tudo caminha de forma extremamente célere - a Copa do Mundo e as Olimpíadas “estão aí”! - e com pouca oportunidade de participação da população direta ou indiretamente impactada e com um aparente desinteresse da mídia no que diz respeito aos evidentes impactos socioambientais.
E assim, pretende-se que fauna e flora paguem pela histórica falta de investimento em infraestrutura, notadamente, na construção de aeroportos.
No dia, 21 de agosto de 2013, aconteceu uma reunião no Conselho Estadual do Meio Ambiente, convocada de forma extraordinária, desrespeitando, inclusive, normas internas, para analisar um parecer técnico da Cetesb falho e baseado em um Estudo de Impacto Ambiental também eivado de falhas.
Entretanto, comportando-se como um cartório do governo do Estado, o Conselho fez ouvidos moucos a todas as fundadas críticas e aprovou o parecer possibilitando o Licenciamento Prévio.
O jogo é menos técnico e mais político, por esse motivo, precisamos que a sociedade se mobilize para que se evite este crime socioambiental.
Ela pode possibilitar que não se chegue ao Licenciamento de Instalação – que é o próximo passo.
Ali, entre chácaras e sítios, em um equilíbrio difícil de se ver, habitam ou utilizam daquele ambiente como corredor, a Onça-parda, o Lobo-guará, o Tamanduá-bandeira, o Veado-catingueiro, Pacas, Iraras, Quatis, Jaguatiricas, Gatos-do-mato-pequeno e a rara – e ameaçada de extinção - Cuíca-de-três-listras, entre outros mamíferos. Há Saíras, como a rara Saíra-sapucaia ou a Tesourinha-da-mata, o Tucano, vários tipos de Gaviões, o Jacuaçu, entre as, aproximadamente 350 espécies de aves existentes no local.
A preservação da flora e a abundância de recursos hídricos superficiais permite a existência dessa exuberante fauna.
Pois é justamente neste local que a empresa JHSF pretende – e vem tocando os procedimentos legais “a toque de caixa” – instalar um mega empreendimento, cuja parte que mais preocupa do ponto de vista dos impactos ambientais é um aeroporto executivo com pistas maiores (2.400m) do que as do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
O local escolhido, do ponto de vista ambiental, é péssimo! Basta perguntar:
Como reagirão as espécies animais silvestres existentes aos intensos ruídos das turbinas, nas operações de pousos e decolagens previstas para ocorrerem ininterruptamente 24h por dia?
Que tipo de contaminação os resíduos gasosos - quase 500T anuais de óxidos de nitrogênio e mais 17T de óxidos de enxofre, entre outros gases, provenientes da queima de combustível irá provocar na vegetação e nos recursos hídricos?
Levou-se em conta, para a escolha do local, as questões logísticas (proximidade com a capital e vizinhança com a rodovia Castello Branco) e o fato da propriedade pertencer aos empreendedores. Os aspectos ambientais? Obviamente ficaram em outro plano de menor relevância.
Pior! Tudo caminha de forma extremamente célere - a Copa do Mundo e as Olimpíadas “estão aí”! - e com pouca oportunidade de participação da população direta ou indiretamente impactada e com um aparente desinteresse da mídia no que diz respeito aos evidentes impactos socioambientais.
E assim, pretende-se que fauna e flora paguem pela histórica falta de investimento em infraestrutura, notadamente, na construção de aeroportos.
No dia, 21 de agosto de 2013, aconteceu uma reunião no Conselho Estadual do Meio Ambiente, convocada de forma extraordinária, desrespeitando, inclusive, normas internas, para analisar um parecer técnico da Cetesb falho e baseado em um Estudo de Impacto Ambiental também eivado de falhas.
Entretanto, comportando-se como um cartório do governo do Estado, o Conselho fez ouvidos moucos a todas as fundadas críticas e aprovou o parecer possibilitando o Licenciamento Prévio.
O jogo é menos técnico e mais político, por esse motivo, precisamos que a sociedade se mobilize para que se evite este crime socioambiental.
Ela pode possibilitar que não se chegue ao Licenciamento de Instalação – que é o próximo passo.
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